Padre António Vieira
P. ANTONIO VIEYRA hum dos mais famozos Varoens que produzio Portugal naceo na Cidade de Lisboa a 6. de Fevereiro de 1608 e em 15. foy bautizado na Igreja Cathedral em cuja Pia recebera a primeira graça o insigne Thaumaturgo Santo Antonio. Logo na puericia se admirou a perspicacia do juizo, e sublimidade do talento com que a natureza prodigamente o dotara respondendo com tão discreta promptidão ao que se lhe preguntava, que erão veneradas as suas repostas como sentenciosos apothemas. Na tenra idade de sete annos partio com seus Pays Christovão Vieyra Ravasco, e D. Maria de Azevedo para a Bahia Capital da America Portugueza onde obedecendo à divina vocação desprezou heroicamente o amor, e casa paterna ausentando-se furtivamente della para a Companhia de JESUS em cuja sagrada milicia depois de repetidas instancias foy alistado em 5 de Mayo de 1623 quando contava 15. annos fazendo a Profissão Solemne a 26. de Mayo de 1644. Desejoso de illustrar com o seu talento a Religião de que era filho se prostrou deuotamente na presença de huma Imagem da Virgem Santissima supplicando-lhe com ferverosas instancias o fizesse digno de exercitar o ministerio de Orador Evangelico, e para manifesto argumento do despacho desta supplica sentio, que se lhe dissipava repentinamente do entendimento huma sombra, experimentando daquelle dia por diante penetrar sem dificuldade os mysterios das sciencias mais profundas, que fielmente depositou no precioso thesouro da sua memoria. Como o seu engenho era agigantado logo começou a frutificar ao tempo de florecer escreuendo de desesete annos as cartas annuaes do Brasil em a Lingua Latina com elegante estilo, dictando no seguinte como Mestre da Primeira aos seus domesticos as Tragedias de Seneca eruditamente illustradas, e compondo de Vinte, hum Commentario Literal, e Moral sobre Josué, e outro sobre os Cantares de Salamão em cinco sentidos. Para se instruir nas sciencias escolasticas não teve outro Mestre mais que a si mesmo compondo o curso de Filosofia, e Theologia pelo qual aprendeo estas faculdades causando ao mesmo tempo enveja, e admiração aos mayores professores dellas que disputasse, defendesse, e arguisse com profunda subtileza nas questoens mais dificeis sem o soccoro de instrução alhea, mas unicamente pela laboriosa applicação do seu estudo. Admirados os Superiores de que nunca sendo discipulo fosse já Mestre consumado, o elegerão com maduro conselho Lente esperando que da sua escola sahissem Mestres todos os seus discipulos, porém não teve efeito esta eleição por ser obrigado a acompanhar a D. Fernando Mascarenhas filho do Marquez de Montalvão Governador do Brasil quando em nome daquelle Estado veyo dar obediencia ao Serenissimo Rey D. João o IV. novamente elevado ao trono de Portugal.
Tanto que chegou à Corte no anno de 1641 e. foy recebido por este Monarcha com singulares demonstraçoens de affecto, e certificado occultamente da sua profunda capacidade não sómente o elegeu seu Prègador, mas lhe cometeo negocios de gravissimas consequencias, que administrou com igual prudencia, que fidelidade assim nas Cortes de Pariz, e Olanda no anno de 1646. e 1647. como em Roma no anno de 1650 escrevendo em todas estas negociaçoens doutissimos Tratados em obsequio do seu Princepe, e zelando como verdadeiro Portuguez os politicos interesses desta Monarchia contra as cavillosas maximas das outras Coroas. Entre tão diversas naçoens por onde discorreo deo claros testimunhos da penetração do seu juizo adquirindo com a lição dos livros mais raros que revolveu nas melhores Bibliothecas, e com o comercio familiar dos professores de todo o genero de sciencias tanta copia de noticias que era6 respeitado como Oraculo da Sabedoria Christã, e Politica. Com igual gloria da Religião Catholica que credito da sua profunda sciencia, convenceo em Amsterdão a Manasses Ben Israel, o mais insigne Rabino da Synagoga, e em Roma triumphou da impiedade de hum Ateista. Não alcançou menor gloria nas continuas disputas em que por varias vezes altercou com os mais doutos Hereges, que com apparentes sofismas querião rebater a solida efficacia dos seus argumentos contando nesta litteraria campanha as vitorias pelas disputas, e os triumfos pelos combates. Soube perfeitamente as linguas mais polidas da Europa fallando a Italiana, Franceza, e Espanhola com propriedade, e elegancia: principalmente foy insigne na materna explicando a sublimidade dos seus conceitos, e a fineza dos seus discursos com frazes puras, e termos proprios sem mendigar vocabulos de idiomas estranhos. Foy o mayor Prégador do seu tempo, e o será com enveja das outras naçoens em toda a posteridade verificando em si a fabula de Hercules Gallico pois com a torrente da sua aurea eloquencia atrahia suavemente Psuspensa a atenção dos seus ouvintes. Em Roma patria dos Oradores mais famosos se venerou com profundo respeito a sublime facundia da sua lingua, e ao mesmo tempo que renovou a memoria de Tullio, lhe diminuyo a gloria, e sepultou o nome. Nesta grande Corte aonde chegou segunda vez por ordem delRey D. Pedro o II. a 16. de Novembro de 1669 prégou os cinco Discursos das pedras de David na prezença da celebre Heroina a Serenissima Rainha de Suecia Christina Alexandra, que como outra Sabá veyo a admirar de longe a discreta elegancia deste Evangelico Salamão, sendo as acclamaçoens, e applausos que mereceo desta Princesa, como de todos os Princepes Ecclesiasticos, e Seculares da Cabeça do mundo pequeno brado à sua fama, limitado, premio ao seu talento. Da Oratoria Ecclesiastica teve o principado fallando o commum com singularidade, o semelhante sem repetição, o vulgar com novidade, o sublime com clareza, e o humilde com decoro, sendo discreto sem afectação, copioso sem redundancia, e tão corrente o estilo como nacido menos da arte, que da natureza. Reprezentou com tão viva energia, que erão escusadas as palavras por serem eloquentes as acçoens. Penetrou com profunda subtileza os mysterios mais occultos da Sagrada Escritura que toda leu por diversas vezes examinando as suas mayores dificuldades com as luzes dos Santos PP. e Sagrados Interpretes, em que foy muito versado, particularmente correndo a cortina aos Oraculos dos Profetas para serem intelligiveis os seus vaticinios. Em todas as sciencias foy eminente, sendo insigne humanista, consumado Rhetorico, e elegante Poeta vulgar, e Latino, subtil Filosofo, profundo Theologo, sublime Escriturario, grande Chronologo, e completamente douto na Historia Sagrada, e profana. Ornado de tantos dotes com que copiosamente o enriquecera a divina liberalidade nunca se descubrio no seu animo o mais leve sinal de jactancia, antes recebendo notaveis honras, e estimaçoens de muitos Princepes assim naturaes, como estranhos não forão poderosas para lhe alterarem a humilde condição do seu genio, de tal forte, que escrevendolhe em 12. de Setembro de 1680 . o seu Geral João Paulo Oliva de estar eleito Confessor da Rainha de Suecia querendo esta Heróina que fosse o seu director para alcançar huma Coroa pela qual tinha deixado heróicamente tantas, se escusou com summa modestia de ministerio tão honorifico. Toda a sua ambição era da gloria divina, e não da humana deixando por elle a patria, e o declarado affecto da Magestade delRey D. João o IV. partio para o Maranhão a procurar com indefesso trabalho a conversão daquella Gentilidade para cuja Sagrada empreza se obrigara com voto desde a idade de vinte, e sete annos. Acompanhado de alguns Varoens Apostolicos promovidos do seu exemplo chegou ao Maranhão a 22. de Novembro de 1652 onde lançando os primeiros fundamentos àquella nova Missão de que era o Fundador, foy obrigado a voltar a Portugal a 16. de Julho de 1653 a solicitar da Magestade delRey D. João o IV. a liberdade dos Indios como totalmente necessaria, e conducente para a sua conversão. Vencidos os obstaculos, que contra tão justificada reprezentação se oppuzerão, segunda vez partio para o Maranhão em companhia do seu novo Governador Andrè Vidal de Negreiros, sendo impossivel de relatar o ardente zelo com que pelo espaço de nove annos cultivou aquella agreste vinha. Para converser Gentios, doutrinar Cathecumenos, e conservar Neofitos visitou onze vezes as Residencias da Missão, navegou vinte, e duas vezes rios mais extensos que o Mar Mediterraneo, discorreo a pé quatorze mil legoas por lugares incultos, fragosos, e solitarios, tolerando excessivos calores, rigorosos frios, horrorosas tempestades, em que muitas vezes se vio quasi engolido das ondes, e por superior auxilio livre, e salvo. Em beneficio dos novos convertidos compoz seis Cathecismos em diversas linguas. Levantou deseseis Igrejas para cujo ornato dispendeo mais de cincoenta mil cruzados sendo tal o fervor apostolico com que ensinava àquelles barbaros o caminho da Vida eterna que parecia se animavão as suas palavras do espirito de Paulo, e do zelo de Xavier. A tão laboriosa cultura correspondeo abundantemente o fruto, pois à eficacia das suas vozes se converteu infinita multidão de gentios Inheigaras, Tupinambas, e Poquiguarás habitadores do Searà, Maranhão, Parà, e o grande Rio das Amazonas, não sendo menos glorioso o triumfo com que a 16. de Agosto de 1659 " . foy recebido pelos Nheengaybas em agradecimento de os ter reduzido à Fé Catholica, e à obediencia delRey de Portugal. Atendendo o Reverendissimo Geral da Companhia Tyrso Gonzales ao incansavel disvelo com que tinha aggregado tantos filhos ao gremio da Igreja o nomeou a 17. de Janeiro de 1688 ñ. Visitador da Provincia do Brasil, e Superior absoluto de todas as Missoens, lugares, que aceitou constrangido como quem sempre estudara mais obedecer, que mandar. Os ultimos annos da sua vida assistio na Bahia para onde partira no anno de 1681. elegendo com madura resolução esta 4cidade para sepultura, já que fora o seu berço para a Religião. Retirado em huma quinta do arrebalde da mesma Cidade se occupou como outro Cicero no seu Tusculano preparando as suas obras para a impressão, o que executou por expressa ordem do seu Geral ordenando-lhe que tambem acabasse o livro intitulado. Clavis Prophetarum, - posto que estivesse quasi cego, para fazer mais meritoria a sua obediencia se valia dos olhos alheos para lhe lerem os livros, cujas paginas apontava de memoria achando-se fielmente o que nellas procurava, sendo este trabalho muito superior às suas forças. Practicou como Religioso observante todas as virtudes proprias daquelle Estado. Levantava-se muito cedo para a Oração cortando pelo descanso necessario à sua idade para ficar expedito para o estudo. O livro espiritual de que mais frequentemente uzava era o de Imitatione Christi escutando como vozes divinas as Sentenças que nelle lia. Teve hum animo imperturbavel sofrendo com heróica constancia o odio dissimulado em zelo de muitos emulos que armados contra a sua pessoa lhe derão grave materia para exame da sua paciencia, não tendo outro motivo para esta enjustiça do que nacer mais singular que todos em tantos dotes de que abundantemente o ornou a graça, e a natureza. Retribuyo sempre beneficios por aggravos satisfazendo-se com tão nobre vingança dos seus offensores. Nunca no seu semblante se descubrio o menor sinal de alteração ainda quando se sentio infamado com Satyras, acuzado em diversos Tribunaes, e perseguido daquelles, que lhe erão mais obrigados, antes como se fora o Olympo que goza de huma inalteravel tranquillidade dissimulava com prudencia, e sofria com resignação toda esta curiosa tormenta. Entre tantas Cortes, e paizes por onde discorreo, nos quaes costuma reynar licenciosamente a incontinencia, conservou como se fosse Anjo illeza a pureza com tal privilegio que nunca teve contra esta angelica virtude materia para a Confissão. Foy exactissimo observador da pobreza Religiosa uzando sempre dos vestidos mais remendados, conservando huma Capa pelo largo espaço de quatorze annos, que largou violentado. Igual era ao amor à pobreza o odio das riquezas regeitando heròicamente vinte, e cinco mil cruzados, que lhe mandou a Pariz ElRey D. João o IV. para comprar livros para o seu uzo, e quarenta mil cruzados, que a Ilha Terceira lhe ofereceu em premio de patrocinar com a sua authoridade hum grave negocio. Como sempre foy superior à mais alta fortuna fugio das mayores estimaçoens que do seu talento fizerão os Summos Pontifices Innocencio X. e Clemente X. as Magestades augustas de Luiz XIV. de França D. João o IV. e D. Pedro II. de Portugal, e o Duque de Florença, como das dignidades a que o destinavão estes soberanos Princepes, assim Ecclesiasticas, como Seculares. Venerou com tão excessivo affecto a Christo Sacramentado, que parece em premio da sua Fé se fazia vizivel aos seus olhos a divina Magestade occulta de baixo dos accidentes Eucharisticos. Não houve genero algum de culto que a sua fervorosa devoção não dedicasse em obsequio de Maria Santissima tributando-lhe agradecido de lhe salvar a vida de hum horrendo naufragio trinta Panegyricos ao seu Sacratissimo Rosario que todos os dias recitava meditado pelo espaço de duas horas, ornando com estas mysticas rosas o augusto trono de tão divina Princeza. Na ultima infermidade padeceo tão acerbas dores que o privavão do descanso, e tão resignado estava na vontade divina, que quando erão mais rigorosas rompia a sua aflicção nestas palavras. Dominus est: quod bonum est in oculis suis faciat. Recebeo com ternissima piedade os Sacramentos, e espirou entre a meya noute, e huma hora para o dia de 18. de Julho de 1697 ] . em idade de 89. annos 5. mezes e 12. dias, e de Religião 74. 2. mezes e 13. dias.
Teve a estatura mais que mediana; o rostro grave; a testa dilatada; o nariz aquilino; os olhos vivos; a còr algum tanto morena, o cabello negro, e a barba povoada. Foy nas acçoens circumspecto, no trato affavel, na conversação erudito, no discurso subtil, solido, e prompto por cujos dotes conciliou o universal affecto de naturaes, e estranhos. Extraordinario sentimento causou em todos os animos a sua morte, não havendo pessoa de qualquer qualidade que deixasse de testemunhar com lagrimas copiosas tão deploravel perda. O Cabido da Cathedral da Bahia lhe officiou o Funeral no Collegio da Companhia assistido de toda a nobreza Ecclesiastica, e Secular, no fim do qual foy levado o Cadaver à Sepultura aos hombros de D. João de Alencastre Governador daquelle Estado, seu filho D. Rodrigo de Alencastre, o Bispo eleito de S. Thomé, seu Irmão o Vigario Geral João Calmon, o Provincial da Religião de S. Bento, e o Reytor do Collegio dos Jesuitas. Não sómente o mundo concorreo para as ultimas honras deste grande Varão, mas até o Ceo se empenhou em canonizar a sua memoria aparecendo-lhe tres noites antes da sua morte, e tres depois huma brilhante Estrella de extraordinaria grandeza, a qual perpendicular sobre o seu Cubiculo foy vista, e admirada do mar, e terra affirmando as pessoas mais judiciosas, que aquelle meteoro era huma luminosa testemunha com que o Ceo declarava as virtudes do P. Vieyra. Tanto que nesta Corte se recebeo a lamentavel noticia de hum seu tão illustre filho, se resolveo o Excellentissimo Conde da Ericeira D. Francisco Xavier de Menezes insigne Mecenas dos estudiosos dedicar humas sumptuosas exequias à memoria do Princepe dos Oradores Evangelicos, e elegendo para Theatro a Casa professa de S. Roque não perdoando a genero algum de dispendio a sua profusa liberalidade mandou levantar huma soberba maquina que occupava grande parte do Templo animada de muitos emblemas, e poesias de diversos metros, e linguas, e illuminada com grande copia de luzes. Cantou o officio a Musica da Capella Real a que fez o compasso o seu grande Mestre Antonio Marquez Lesbio. Não houve pessoa grave de huma, e outra Jerarchia, que não assistisse a este funebre obsequio, o qual coroou o P. D. Manoel Caetano de Sousa tão illustre pelo sangue, como pela erudição com huma Oração tão elegante que renaceo nelle eloquencia, que lamentava defunta. Seria impossivel repetir os elogios com que celebres Escritores exaltàrão o nome deste grande Varão, e sómente transcreverey alguns para que claramente se conheça a sua grandeza. Seja o primeiro aquelle que o foy na dignidade o Summo Pontifice Clemente X. no Breve, que lhe expedio para que pudesse publicar as suas obras sem que fossem examinadas por algum Censor. Começa.Dilecte Fili Salutem, et Apostolicam Benedictionem. Religionìs zelus, Sacrarum litterarum scientia, vitae, ac morum honestas, aliaque laudabilia probitatis, ac virtutum merita super quae apud nos fide digno commendaris testimonio. João Paulo Oliva Geral da Companhia congratulando-o do Sermão de S. Estanisláo em huma carta escrita a 13. de Março de 1675.
Dou graças a Deos por ter dado à Companhia hum homem que pode fallar tão divinamente, e que sabe proferir o seo conceito, e que todos confessão que he igualmente maravilhoso assi no que entendemos, como no que não penetramos, mas igualmente veneramos nas suas intelligencias. Cardoso Agiolog. Lusit. B Tom. 3. pag. 238. no Comment. de 13. de Mayo letr. 1. o intitula Oraculo dos Prègadores desta idade. Ulhoa in Dissert. de Legat. et Fideicom. Na Dedicatoria ao Grão Duque de Toscana Venerabili viro, et Portugalliae Principis Concionatore disertissimo, facilique omnium concionatorum antesignano sive verius dixerim Principe o Illustrissimo Barzia Despert. Christian. Tom. 1.Introd. Exhortat. col. 3. n. 30. lhe chamaAgudissimo.Fr. Gio: Giusep. de Santa Teres. Istor. delle Guerre del Brasile Part. 2. liv. 5. pag. 129. huomo che ne i pergami porto il vasto nel nostro Seculo. P. Emman. Lud. in Vita Princip. Theod. lib. 1. cap. 19. n. 238. insignem virum Miguel de Barrios no Prol. do Cor. delas Mus. El pico de oro Portugues. Feijó Theat. Critic. Tom. 1. Disc. 16. n. 115. Aquel hombre aquien en pensar con elevacion, discurrir con agudeza, y explicarse con claridad nò igualo hasta aora Predicador alguno: e no Tom. 4. Discurs. 14. n. 37. Que Sermon del Padre Vieyra nò es un assombro? Hombre verdaderamente sin semejante de quien me atrevera decir loque Veleyo o Paterculo de Homero. Neque ante illum quem imitaretur, neque post illum qui eum imitari posset, inventus est.Bonucci Istor. delRe D. Alfons. Enriq. liv. 3. cap. 10.Ben noto al mondo per il suo singolare ingegno, profundità di sapere, e destrezza ammirabile in maneggiar le divine Scritture.Sor. Joan. Ignes dela Cruz na Censuraque fez ao Sermão do Mandato impressa no 2. Tomo das suas obras diz Siempre admirandome de su sin igual ingenio... Las proposiciones deste subtilissimo talento, que es tal su suavidad, su viveza, su energia, que al mismo que dissiente enamora con la belleza dela Oracion, suspende con la dulçura, hechiza con la gracia, eleva, admira, y encarta con el todo... admirable pasmo delos ingenios. Joan. Soar. de Brit. in Theatr. Lusit. Litter. lit. A. n. 129. L Vir magno ingenio, felicissimoque judicio celeberrimus omnium concionator. Sebastião da Rocha Pitta Hist. da Amer. Portug. liv. 8. n. 54. O seu talento foy ainda mayor que o seu nome com o qual voou por todos os Emisferios a fama elevada pela sua penna. Foy em Portugal Prègador dos seus Augustissimos Monarchas, e da Serenissima Rainha de Suecia em Roma, cuja Sagrada Curia o ouvio com admiração, e lhe respondera com o premio de altas dignidades, se a sua Religaiosa modestia o não obrigara a fugir entre os Estrangeiros das honras, e lugares, de que ja se livrara entre os naturaes, onde achando na vida. Òe na posteridade as mayores estimaçoens são ainda inferiores às que tem entre as outras Naçoens, andando os seus escritos traduzidos, e venerados por todo o mundo Catholico com grande gloria do nome Portuguez. D. Emman. Caiet. de Sous. in Exped. Hisp.Tom. 2. pag. 1306. Oratorum Princeps.Franco in Synops. Annal. S. J. in Lostan. pag. 401. ` Concionator Principum, et Princeps suo tempore concionatorum vir nulla commendatione aequandus Sor. Violante do Ceo Religiosa Dominica no Convento da Rosa de Lisboa, e celebre Poetissa lhe fez em seu applauso a sylva seguinte que está nas suas Rimas.a pag. 74.
He vosso entendimento
Felice suspensão do pensamento
Vossa doce elegancia
Cifra da mais perfeita consonancia
Vossa graça excessiva
A pedra de Cevar mais atractiva
Vosso saber profundo
Portentoso exemplar de todo o mundo
Vossa agudeza rara
Dilicia do discurso altiva, e clara
Vosso estilo famoso
Agradavel motivo do envejoso
Emfim vosso juiso soberano
Credito do divino, honra do humano.
vivey para assombro das idades
Gosto das Magestades
Extasis dos sentidos
Prodigio dos nacidos
Excesso dos passados:
Vivey para motivo dos agrados
Objecto de louvores
Archivo de favores,
Compendio de excellencias
Vivey para modello de eloquencias
Thesouro de elegancias
E se minhas grosseiras ignorancias
Tem sido dilatadas
Deixa-as castigadas
Mas confessay doctissimo Vieyra
Que se ignorante sou, sou verdadeira.
O seu Retrato sahio aberto primorosamente em huma lamina na Cidade de Bruxellas com este Epigraphe na parte inferior. Vera effigies celeberrimi P. Antonij Vieyra Societ, Jesu Lusitanicorum Regum Concionatoris, et Concionatorum Principis quem dedit Lusitania mundo, Ulissypo Lusitaniae, Societati Brasilia. Obiit Bahiae prope nonagenarius die Julij 18. anni 1697. Quiescit in Regio Collegij Bahiensis templo ubi sepultus frequentissimo urbis concursu aeterno orbis desiderio.
Deste retrato se tirara varias copias que sahirão abertas em Roma, Veneza, e Barcelona com o mesmo epigrafe.
Cathalogo das Obras impressas.
Sermoens 1. Parte. Lisboa por João da Costa. 1679. o 1. Sermão deste tomo que he da Dominga da Sexagesima sahio vertido em Italiano Neapoli per Luca Antonio Tusco 1688 como tambem sahio traduzido em Castelhano o Sermão de Santo Ignacio de Loyola que está impresso no mesmo Tomo. Valencia por Nicolao Droget. 1680. 4.
Sermoens 2. Parte. Lisboa por Miguel Deslandes. 1682. 4.
Sermoens 3. Parte Lisboa pelo mesmo Impressor1683. 4.
Sermoens 4. Parte Lisboa pelo mesmo Impressor. 1685. 4.
Sermoens 5. Parte Lisboa pelo mesmo Impressor. 1689. 4.
Estes cinco Tomos sahiram traduzidos em Latim pelos Monges da Cartuxa de Colonia com este titulo.
Admodum Reverendi P. Antonij VieyraeSocietate JESU. regij in Lusitania Praedicatoris Sermones Selectissimi faecunditate materiarum, Sublimitate, Subtilitate, et acumine conceptoum admirabiles. Pars. 1. Coloniae-Agripinae apud Hermanum Demen. 1708 . 4 . Pars. 2. ibiapud eumdem Typograph. 1707 . 4.Pars. 3. ibi 1707 . 4. Pars. 4.ibi.1707 . Pars. 5.ibi 1708. 4.
Sermoens 6. Parte. Lisboa por Miguel Deslandes 1690. 4.
Sermoens 7. Parte. Lisboa pelo mesmo Impressor1692. 4.
Xavier dormindo, e Xavier acordado; dormindo em tres oraçoens Panegyricas no Triduo da sua Festa: Acordado em doze Sermoens Panegyricos, Moraes, e Asceticos, os nove da sua Novena, o Decimo da sua Canonização; o Undecimo do seu Dia, e o ultimo do seu Patrocinio. 8. Parte Lisboa por Miguel Deslandes 1694 . Sahio vertido na lingua Latina pelo P. Leopoldo Fuess da Companhia de JESUS com este titulo Xaverius dormiens, et experrectus August.vindilicorum apud Joannem Cusparum Bencard. 1704. 4. e na lingua Italiana pelo P. Antonio Maria Bonucci Jesuita com o titulo o Il Saverio addormentato, e il Saverio Vegliante. Venetia apresso Paulo Baglioni. 1712. 8. Desta obra fez menção o moderno Adicionador da Bib. Orient.de Antonio de Leon Tom. 1. fol. 546. v. no Apendix.
Maria Rosa Mistica, excellencias, poderes, e maravilhas do seu Rosario compendiadas em trinta Sermoens asceticos e panegyricos sobre os dous Evangelhos desta Solemnidade 1. Parte. Lisboa por Miguel Deslandes. 1686. 4.
2. Parte. Lisboa na Officina Crasbeeckiana. 1688. 4.
Estas duas partes fora traduzidas na lingua Latina pelo Padre Leopoldo Fuess Confessor da Raynha D. Maria Sofia Izabel de Neoburg exceptos os cinco Sermoens ultimos que são traduzidos pelo P. Jacobo Boschio, e sahirão com este titulo. Rosa Mystica, sive de excellentia, vi, et virtute admirabili ejus precatoria, Coronae vulgo Rosarij. Augustae Vindic. apud Joan. Cusparum Bencard. 1604 . 4.
Tambem fora traduzidas estas duas Partes na lingua Castelhana pelo P. Lucas Sans Pregador delRey Catholico. Madrid . 1688 . 4.3 2. Tom. e na Italiana por Giovani Antonio Asturi. Venetia . 1697 . 4. 2. tom.
Sermoens 11. Parte, Lisboa por Miguel Deslandes. 1696. 4.
Sermoens 12. Parte. Lisboa pelo dito Impressor. 1699. 4.
Palavra de Deos empenhada, e dezempehada. Empenhada no Sermão das Exequias da Raynha N. Senhora D. Maria Francisca Izabel de Saboya. Desempenhada no Sermão de Acção de graças pelo nacimento do Principe D. Joa Primogenito de suas Magestades, que Deos guarde, pregado o primeiro na Igreja da Mizericordia da Bahia em 11. de Setembro de 1684 . e segundo na Cathedral da mesma Cidade em 16. de Dezembro de 1688 . Palavra do Pregador empenhada, e defendida: empenhada publicamente no Sermão de Acção de graças pelo nacimento do Principe D. João Primogenito de Sua Magestade que Deos guarde. Defendida depois da sua morte em hum discurso apologetico offerecido secretamente à Raynha N. Senhora para alivio das saudades do mesmo Princepe. Lisboa por Miguel Deslandes. 1690. 4.
Las cinco piedras de la Honda de David en cinco discursos morales predicados en Roma a la Reyna de Suecia Christina Alexandra en lengua Italiana, y por el mesmo Autor traduzido en Castellano. Madrid por Jozé Fernandes de Buendia 1676. 4. et ibipor Antonio Gonçalves 1678. 4. Na lingua Italiana Roma presso Ignatio de Lazaris. 1676. 8.e com faculdade do Author sahiram traduzidos na lingua Portugueza pelo Excellentissimo Conde da Ericeira D. Francisco Xavier de Menezes no Tomo seguinte pag. 76.
Sermoens, e Varios Discursos Tomo 14. Lisboa por Valentim da Costa Deslandes 1710. 4.
Sermão do primeiro dia de Janeiro pregado na Capella Real ano 1642. Lisboa por Domingos Lopez Rosa. 1642. et ibi por Lourenço de Anveres sem anno da edição. 4. Coimbra por Thomé Carvalho 1671 . e no Tom. 11. dos seus Sermoens pag. 399.
Sermão do Espozo da Mãe de Deos S. José no dia dos annos delRey N. Senhor D. João o IV. na Capella Real. Lisboa por Domingos Lopez Rosa. 1644. 4. Coimbra,por Thomé Carvalho Impressor da Universidade 1658. 4. . e no Tom. 7. dos seus Sermoens a pag. 533.
Sermão de Santo Antonio na festa, que se fez ao Santo na Igreja das Chagas de Lisboa aos. 14. de Setembro de 1642 . Tendo-se publicado as Cortes para o dia seguinte. Lisboa por Domingos Lopes Roza 1645. 4. Coimbra pela Viuva de Manoel de Carvalho 1672 0. e no Tom. 11. dos seus Sermoens pag. 344.
Sermão de S. Roque. Lisboa por Domingos Lopes Roza 1645. 4.
Sermão nas Exequias de D. Maria de Attayde filha dos Condes da Attouguia Dama do Palacio no Convento de S. Francisco de Xabregas Nas Memorias Funebres, que se dedicara a esta Senhora. Lisboa na Officina Crasbeeckiana 1650. 4. Y onde estão 2. Epigrammas Latinos do mesmo Padre a este assumpto. Depois sahio o Sermão. Lisboa por Domingos Lopes Roza. 1650. 4. Coimbra, por Thomé de Carvalho Impressor da Universidade 1658. 4. et ibi por Manoel de Carvalho. 1672. 4. , e no Tom. 4. dos seus Sermoens pag. 434.
Sermão de S. João Bautista na profissão da Senhora Maria da Cruz filha do Excellentissimo Duque de Medina Sidonia, Religiosa de S. Francisco no Mosteiro de N. Senhora da Quietação das Flamengas em Alcantara. Lisboa por Domingos Lopes Roza. 1652. 4. Evora na Officina da Universidade 659. 4. e no Tom. 5. dos seus Sermoens pag. 533.
Sermão na Misericordia da Bahia em dia da Visitação da Senhora Orago da Casa, prezente o Vice-Rey Marquez de Montalvão. Lisboa por Domingos Lopes Roza. 1655. 4. Coimbra,por Thomé Carvalho Impressor da Universidade 1658. 4. . e no Tom. 6. dos seus Sermoens pag. 586.
Sermão Historico, e Panegyrico nos Annos da Rainha D. Maria Francisca Izabel de Saboya. Lisboa por João da Costa. 1668. 4. Foy traduzido na lingua Franceza pelo P. Antonio Verjus Jesuita, e sahio com este titulo.
Discours historique pour le jour de la Naissance de la Serenissime Reyne de Portugal ou il est trait des grands évenemens arrivés l' année derniere en ce Royaume . Pariz chez Sebastien Mabre-Cramoysi 1669. 4. Declara o traductor que este discurso sahira vertido na lingua Italiana, e se imprimira em Roma onde mereceo os applausos de todos os eruditos. Tambem se imprimio em Saragoça por Diego Iturbi 1668. 4. - e no Tom. 14. dos seus Sermoens pag. 1.
Sermão Gratulatorio, e Panegyrico na menhã de dia de Reys sendo prezente com toda a Corte o Princepe N. Senhor ao Te Deum que se cantou na Capella Real em acção de Graças pelo felice nacimento da Princeza Primogenita de que Deos fez merce a estes Reynos na madrugada do mesmo dia deste anno de 1669. Evora na Officina da Universidade. 1669. 4.e no Tom. 12. dos seus Sermoens pag. 170. Foy traduzido em Francez pelo P. Antonio Verjus Jesuita, e sahio com este titulo.
Discours de conjouissance sur la Naissance del' Infante de Portugal prononce le jour meme de cette naissance devant toute la Cour de Portugal assemble dans la Chapelle Royale pour y chanter le Te Deum. Pariz chez Cramoysi. 1671. 4.
Sermão do B. Stanislao Koska da Companhia de JESUS pregado na lingua Italiana em Roma na Igreja de Santo André de Monte Cavallo Noviciado da Companhia. Coimbra por Manoel de Carvalho 1672. 4. e no Tom. 11. dos seus Sermoens pag. 250. Traduzido em Latim pelo Padre Jaquez Bosch Jesuita Alema. Cracoviae ex Officina Schedeliana. 1676. 4. e em Italiano Roma por Lazaro Varese 1675. 8.
Sermão das Chagas de S. Francisco pregado em Roma na Igreja da cita invocação, e vertido em Portuguez por João de Mesquita Arroyo. Lisboa por Miguel Manescal. 1673. 4. A e no Tom. 12. dos seus Sermoens pag. 341. Na lingua Italiana. Roma presso il Varese 1677. 4. Milano por Francisco Vigone 1672. 4. e Roma com outros Sermoens por Michaele Hercules. 1668 5. e na lingua Castelhana por hum Mercenario Descalso 1673. 4. sem lugar da impressa.
Sermão nas Exequias da Rainha N. Senhora D. Maria Francisca Izabel de Saboya na Misericordia da Bahia em 11. de Setembro de 1684. Lisboa por Miguel Deslandes. 1685. 4. e na Palavra de Deos empenhada, e. desempenhada pag 1.
O P. Luiz Vicente Mamiani della Rovere Jesuita compoz hum Quaresmal dos Sermoens das Domingas, e Ferias da Quaresma, que achou dispersos pelos doze Tomos dos Sermoens do P. Vieyra, e os traduzio, e publicou em Italiano com este titulo.
Prediche sopra gli Evangelij della Quaresima del P. Antonio Vieira raccolte da dodici tomi delle sue Prediche in forma d' un Quaresmale. Roma por Jorge Placho. 1707. 2. Tom. 4.
Dos Sermoens Panegyricos, e Moraes do P. Vieyra fez huma tradução Italiana o P. Anibale Adami Jesuita, em duas Partes com o titulo seguinte.
Prediche del P. Antonio Vieyra dela Compagnia de Giesu tradote in Italiano del P. Anibale Adami dela medesma Compagnia Part. 1.Venetia presso Niculao Pezzana. 1707. 4. Part. 2.-pelo mesmo Impressor, e anno. Bartholameo Santinelli traduzio varios Sermoens do P. Vieyra em Italiano, e sahirão impressos Roma apresso Michaele Hercules 1663. 8.
Sermoens varios del P. Antonio Vieyra Tom. 1. Madrid por Joz Fernandes de Buendia 1662. 4.
Tom. 2. ibi pelo mesmo Impressor1664. 4.
Tom. 3. ibi por Paulo de Val. 1678. 4.
Estes Sermoens traduzidos em Castelhano (como diz o P. Vieyra na Lista que fez dos que correm impressos em diversas linguas, e está ao principio do 1. Tomo dos Seus Sermoens, que sahio em Lisboa no anno de 1679.) são totalmente alheos, e supostos, e outros adulterados por cuja causa não merecem estima.
Muito diferente foy a tradução, que delles fez o Licenciado Luiz Ignacio Presbytero Castelhano vertendo puramente do Portuguez no seu idioma todos os Sermões do P. Antonio Vieyra, que comprehendem os 14. Tomos da Impressão de Lisboa, e sahirão em 21. de 8. perfeitamente impressos. O 1. e 2. Madrid por Manoel Ruiz de Murga. 1711. 3. ibi1712. pelo dito Impressor. 4. 5. e 6. ibipelo dito Impressor, e anno. 7. ibipor Agustin Fernandes 1712. 8. e 9. ibipor Manoel Ruiz de Murga 1712. 10. ibipelo dito Impressor1713 2. 11. e 12. ibipelo mesmo Impressor, e anno. 13. ibi .por Joz Rodrigues, y Escobar Impressor delRey 1714 . 14. ibipor Manoel Ruiz de Murga 1714 . 15. 16. 17.ibipelo dito Impressor, e anno18. 19. 20. ibipelo dito Impressor1715. 21. ibipor Gabriel de Barrio 1715.
Ultimamente sahirão traduzidos na mesma Lingua Castelhana em 4. Tomos de folha. Barcelona na Impressa de Maria Martí 1734 x.
No 1. Tomo principia pela Vida do P. Antonio Vieyra elegantemente escrita com o seu Retrato, e comprehende todos os Sermoens das Domingas, e Ferias Quaresmaes, e seis Sermoens do Mandato.
No 2. Sermoens de Christo Senhor Nosso, e de Maria Santissima com 15. do Rozario.
No 3. 48. Sermoens de Santos.
No 4.15. Sermoens do Rozario, varios Sermoens de assumptos especiaes. Palavra de Deos empenhada, desempenhada, y defendida. Historia do Futuro. Crisis da Reverenda Senhora D. Joanna Ignez da Croz Religiosa de S. Jeronymo na Provincia do Mexico. Apologia contra esta Crisis pela Madre Soror Margarida Ignacia Religiosa de Santo Agostinho no Convento de Santa Monica de Lisboa. Problema das lagrimas de Heraclito. Voz de Deos ao Mundo, a Portugal, e Bahia. Todas estas obras se comprehendem vertidas em Castelhano neste 4. Tomo.
Historia do Futuro, Livro Antiprimeiro, Prologomeno a toda a Historia do Futuro, em que se declara o fim, e se prova os fundamentos della. Materia, verdade, e utilidades da Historia do Futuro. Lisboa por Antonio Pedrozo Galra. 1718. 4. - Sahio vertida em Castelhano. Barcelona na Impressa de Maria Marti 1735. fol.
Copia de huma Carta para ElRey Nosso Senhor sobre as Missoens do Seará, do Maranhão, do Pará, e do grande Rio das Amazonas sendo o P. Vieira Superior dos Religiosos da Companhia naquella Conquista no anno de 1660. Lisboa por Henrique Valente de Oliveira. 1660. 4. , e no Tom. 14. dos seus Serm. a pag. 266.
Lagrymas de Heraclito defendidas, Filosofo, que llorava sempre los sucessos del mundo. Valencia. 1700. 4. no fim do livro intitulado Varios eloquentes livros. Este Problema dedicou D. Ignacio Paravizino a D. Gaspar C Mercader y de Cerbellon Conde de Cerbellon y Bunhol onde lhe diz. El tan celebrado eruditissimo Padre Antonio Vieyra que justamente veneran los Pulpitos, y que hasta aora hizo bien conozido este empleo pudo manifestarse gloriosamente competidor de si mismo en el de letras humanas por la obsequiosa obediencia de aquella Magestad que quizo tener su cabea baxo el Pie de S. Pedro, que coronada en Suecia: en cuya real prezencia y con assistencia de las eminentes Romanas Purpuras nò sin grande aplauso dixo loque con subtileza summa, y erudicion admirable manifiesta este prezente Problema. Sahio na Lingua Italiana na qual o recitou o P. Vieyra em hum livro intitulado Raccolta di alcuni Discorsi composti da alcuni Oratori de la Compagnia de Giesu Deca 1.Neapoli presso Felix Mosca. 1709. 12.e he o 5. discurso. Ultimamente foy tradusido em Portuguez do Italiano pelo Excellentissimo Conde da Ericeira D. Francisco Xavier de Menezes, e sahio no Tom. 14. dos Sermoens, e discursos varios do P. Vieyra a pag. 211. Lisboa por Valentim da Costa Deslandes 1710. 4. e em Castelhano Barcelona na Officina de Maria Marti 1734. fol.
Cartas do P. Antonio Vieyra da Companhia de JESUS Tom. 1. Lisboa na Officina da Congregaa do Oratorio 1735. 4.
Tom. 2. ibina mesma Officina, e anno. 4.
Por deligencia do P André de Barros da Companhia de JESUS Academico da Academia Real sahirão a luz publica com o titulo
Vozes saudosas da eloquencia, do espirito, do zelo, e da eminente sabedoria do P. Antonio Vieyra, &c. Lisboa por Miguel Rodrigues Impressor do Senhor Patriarcha 1736. 4. as obras seguintes
Relação da Missa da Serra de Ibiapaba.
Informação dada por ordem do Conselho Ultramarino sobre as cousas do Maranhão ao mesmo Conselho .Feita em Lisboa a 31. de Julho de 1678.
Carta escrita ao Provincial do Brasil em que relata a causa porque deixou a Corte. Lisboa 24. de Novembro de 1652.
Voto sobre as duvidas dos moradores de S. Paulo àcerca da administração dos Indios, escrito na Bahia a 12. de Julho de 1694.
Carta ao Serenissimo Rey D. Pedro II. escrita da Bahia ao 1. de Junho de 1691.
Carta ao Marquez de Gouvea. Bahia 23. de Mayo de 1682.
Protesto feito à Camera, e mais Nobreza da Cidade de Bethlem do Par para não serem expulsos daquella Conquista os Padres Missionarios da Companhia de JESUS.
Poema latino a huma Custodia de cortiça primorosamente fabricada pelo P. Sebastião de Novaes da Companhia de JESUS. Começa
Quo me Musa rapit? Longumque relictus Apollo
Extinctos iterium juvenes quos lusimus ignes,
Frigentemque aetate jubet recalescere flamam?
Carta escrita ao Serenissimo Rey de Portugal D. Affronso VI. sobre as cousas do Maranhão. Escrita a 20. de Abril de 1657.
Catalogo das obras M. S.
Clavis Prophetarum, sive de regno Christi in terris consummato. fol. Desta obra fazendo menção o Author no Prologo do 1. Tomo dos seus Sermoens diz. Só sentirei, que o tempo me falte para pôr a ultima mão aos quatro livros Latinos de regno Christi in terris consummato, por outro nome Clavis Prophetarum em que se abre nova estrada facil intelligencia dos Profetas, e tem sido o mayor emprego dos meus estudos. Este livro, que para sua ultima perfeição lhe faltava ainda seis mezes de trabalho, como affirmou seu mesmo Author, deo o Geral da Companhia Miguel Angelo Tamburino ao Excellentissimo Marquez de Fontes, depois de Abrantes, quando era Embaxador em Roma como satisfação das muitas obrigaçoens de que era credor à Companhia, conhecendo ser o mais precioso donativo para a estimação do Marquez, que muitas vezes se dignou de que eu o visse, e hoje se conserva na sua selectissima Livraria.
Pregador, e Ouvinte Christão 'Desta obra fez menção no Prologo do 1. Tom. dos seus Sermoens.
Descripção de Lisboa.
Epithalamio a Rainha D. Catherina de Inglaterra em 83. Versos Latinos.
Commentaria in Senecae Tragedias.
Expositio litteralis, et moralis in lib. Josue.
Expositio in Cantic. Canticorum Salomonis.
Avisos para a morte.
Cartas annuaes da Provincia doBrasil.
Via Sacra por outra Via.
Emblemas moraes Rainha D. Luiza Francisca de Gusmão.
Tratado da obrigação de salvar as almas.
Politica do Diabo.
Sete Decimas Castelhanas ao javali que matou a Senhora Princeza D. Izabel.
Modo de governar os Indios no grão Pará.
Cinco Sermoens de Tarde por cinco diluvios.
Ladainha de N. Senhora Commentada.
Promptuario Concionatorio 9. Tom.
Instrucção, e reposta sobre o negocio de Napoles.
Formulario breve de todos os Actos com que em falta do Sacramento da Penitencia se pode huma alma pôr em Graça de Deos. (Esta obra compoz na smente na lingua Portugueza, mas em a geral dos Indios do Maranhão para que qualquer pessoa em:caso de necessidade pudesse suprir a falta de Sacerdote.)
Formulario para se administrar o Sacramento do Bautismo escrito pela forma do precedente.
Instrução como se devem haver os Mlissonarios com Deos, comsigo, e com os proximos. Foy approvada pelo Geral da Companhia Gozuvino Nikel sem acrecentar, nem diminuir palavra alguma.
Divisa do Continente do Maranhão, que se extende por mais de 600. legoas desde a Serra de Hyaporrá até o Rio dos Tapuyas em Colonias onde se criassem, e sahissem os Missionarios.
Parecer politico em que se impugna huma reposta de Pedro Fernandes Monteiro Procurador da Fazenda em que concluia este Ministro, que não querendo os Olandezes vender Pernambuco nos convinha mais a guerra, que a paz. He chamada esta empugnação o Papel forte.
Memorias em que com o titulo de duas Certidoens resume os serviços que em 38. annos fez à Coroa de Portugal para o requerimento de seu Sobrinho Gonalo Ravasco Cavalcante, e Albuquerque Secretario de Estado do Brazil.
Parecer sobre as cousas do Brazil a 14. de Março de 1647.
Informação do modo com que forão tomados, e sentenciados por cativos os Indios do anno de 1655.
Consta de quatorze Capitulos com grandes advertencias.
Esperanças de Portugal Quinto Imperio do mundo 1. e 2. vida delRey D. Joa o IV. escritas por Gonçalo Annes Bandarra com hum largo Commento remetido ao Bispo do Japão o P. André Fernandes em 29. de Abril de 1659.
Defeza do Livro intitulado Quinto Imperio que he a segunda Apologia do livro Clavis Prophetarum.
Papel feito por ordem da Rainha D. Luiza Francisca de Gusmão na menoridade de seu filho ElRey D. Affonso VI. para se ler ao mesmo Princepe na prezença dos Tribunaes do Reyno.
Parecer que de França mandou a ElRey D. João o IV. Começa. A estas partes de França.
Papel politico a ElRey D. Pedro II. na occasião que se convocara Cortes para se lanlar hum tributo nos povos que servisse de desempenhar o Reyno escrito em nome dos Rusticos da Serra da Estrella. Começa. Se parecer ouzadia quererem os Serranos vestir trage de Conselheiros.
Desengano Catholico sobre o negocio da Nação Hebrea. Começa. He certo que os Christãos novos descendantes de sangue Hebreo.
Papel offerecido ao Serenissimo Rey D. João o IV. em que se mostra ser conveniente para os augmentos do Reyno conservar-se nelle a gente da Nação. Começa. Ainda que particular Providencia &c.
Reposta feita a ElRey D. Joa o IV. a favor da Gente da Nação Começa.Huma das mais assinaladas merces. &c.
Papel proclamatorio ao Summo Pontifice Innocencio X na occasião que a Gente da Nação conseguio Breve para se avocarem a Roma certos processos do Santo Officio que se duvida remeter. Começa. Muito perturbada se acha a Corte, e Reyno de Portugal.
Papel em defensa da Gente da Nação e a favor do Discurso que intentava ter com Sua Santidade sobre a pretenção da nova mudança dos estilos do Santo Officio offerecido ao Serenissimo Princepe D. Pedro. Começa. Já que V. A. ouve a quem tão licenciosamente falla.
Da: Bibliotheca lusitana historica, critica, e cronologica : na qual se comprehende a noticia dos authores portuguezes, e das obras, que compuserão desde o tempo da promulgação da Ley da Graça até ao tempo presente, por Diogo Barbosa Machado (1682-1772), 4 vols., 1741.