22-3-2010

 

 

 

 

Alfred Tennyson (1809 - 1892)

 

 

 

 

 

To Alfred Tennyson, My Granson - 1880

 

 

Golden-hair’d Ally whose name is one with mine,
Crazy with laughter and babble and earth’s new wine,
Now that the flower of a year and a half is thine,
O little blossom, O mine, and mine of mine,
Glorious poet who never hast written a line,
Laugh, for the name at the head of my verse is thine.
May’st thou never be wrong’d by the name that is mine!

 

               A Alfred Tennyson, meu neto

 

 

Aliado de cabelo dourado cujo nome é um com o meu,

doido com riso e balbucie e novo vinho da terra,

agora que a flor de um ano e meio é tua,

ó pequeno rebento, ó meu, e meu de meu,

poeta glorioso que nunca escreveu uma linha,

ri, porque o nome à cabeça do meu verso é teu.

Possas tu nunca ser enganado pelo nome que é meu!

 

 

 

 

 

 

The Tears of Heaven  - 1830

 

 

Heaven weeps above the earth all night till morn,
In darkness weeps, as all ashamed to weep,
Because the earth hath made her state forlorn
With selfwrought evils of unnumbered years,
And doth the fruit of her dishonour reap.
And all the day heaven gathers back her tears
Into her own blue eyes so clear and deep,
And showering down the glory of lightsome day,
Smiles on the earth's worn brow to win her if she may.

 

 

 

 

 

 

 

               As lágrimas do Céu

 

 

O Céu chora sobre a Terra toda a noite até de manhã,

na escuridão chora como todos os que se

envergonham de chorar;

porque a Terra tornou o seu estado lastimoso

com o mal que se infligiu em anos inumeráveis

e fez por colher o fruto da sua desonra.

E todo o dia o Céu recolhe as suas lágrimas

Para os seus próprios olhos azuis tão claros e profundos,

e chuviscando a glória do dia luminoso e leve

sorri na testa esgotada da terra para ganhá-la se ela quiser.

 

 

 

 

 

 

 

 

Literary Squabbles - 1846

 

Ah God! the petty fools of rhyme
    That shriek and sweat in pigmy wars
Before the stony face of Time,
    And look’d at by the silent stars;

Who hate each other for a song,
    And do their little best to bite
And pinch their brethren in the throng,
    And scratch the very dead for spite;

And strain to make an inch of room
    For their sweet selves, and cannot hear
The sullen Lethe rolling doom
    On them and theirs and all things here;

When one small touch of Charity
    Could lift them nearer Godlike state
Than if the crowded Orb should cry
    Like those who cried Diana great.

And I too talk, and lose the touch
    I talk of. Surely, after all,
The noblest answer unto such
    Is perfect stillness when they brawl.
 

 

 

 

 

 

 

 

               Querelas literárias

 

Ah, Deus! Os mesquinhos loucos da rima

que guincham e suam em guerras de pigmeus

perante o empedernido rosto do Tempo

e que são olhados pelas estrelas silenciosas;

que se odeiam uns aos outros por uma canção

e dão o seu melhor, que é pouco, em morder

e beliscar os seus confrades na multidão

e arranhar os próprios mortos por despeito;

e estiram-se para arranjarem uma polegada de espaço

para os seus doces egos, e não conseguem ouvir

o agoiro rolante do soturno Letes

neles e nos seus e em todas as coisas aqui;

quando um pequeno toque de Caridade

poderia erguê-los mais perto da condição divina

do que se a populosa orbe chorasse

como aqueles que grandemente choraram Diana.

E eu também falo, e perco o toque

De que falo. Certamente, depois de tudo,

A resposta mais nobre a tal coisa

É a perfeita quietude enquanto eles brigam.

 

 

 

 

 

 

 

A águia

 

Ela aperta o penhasco com mãos retorcidas;

perto do sol em terras solitárias,

anelado com o mundo azul celeste, levanta-se.

O mar enrugado debaixo dela rasteja;

Olha do alto das suas muralhas da montanha,

e como um relâmpago cai.

 

 

 

 

 

 

 

               The Eagle - 1851

 

He clasps the crag with crooked hands;
Close to the sun in lonely lands,
Ringed with the azure world, he stands.

The wrinkled sea beneath him crawls;
He watches from his mountain walls,
And like a thunderbolt he falls.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

The Charge of the Light Brigade - 1854

 

 

HALF a league, half a league,
Half a league onward,
All in the valley of Death
Rode the six hundred.
‘Forward, the Light Brigade!
Charge for the guns!’ he said;
Into the valley of Death
Rode the six hundred.

 

‘Forward, the Light Brigade!’
Was there a man dismay’d?
Not tho’ the soldier knew
Some one had blunder’d:
Their’s not to make reply,
Their’s not to reason why,
Their’s but to do and die:
Into the valley of Death
Rode the six hundred.

 

Cannon to right of them,
Cannon to left of them,
Cannon in front of them
Volley’d and thunder’d;
Storm’d at with shot and shell,
Boldly they rode and well,
Into the jaws of Death,
Into the mouth of Hell
Rode the six hundred.

 

Flash’d all their sabres bare,
Flash’d as they turn’d in air,
Sabring the gunners there,
Charging an army, while
All the world wonder‘d:
Plunged in the battery-smoke
Right thro’ the line they broke;
Cossack and Russian
Reel’d from the sabre-stroke
Shatter’d and sunder’d.
Then they rode back, but not,
Not the six hundred.

 

Cannon to right of them,
Cannon to left of them,
Cannon behind them
Volley’d and thunder’d;
Storm’d at with shot and shell,
While horse and hero fell,
They that had fought so well
Came thro’ the jaws of Hell,
All that was left of them,
Left of six hundred.

 

When can their glory fade?
O the wild charge they made!
All the world wonder’d.
Honour the charge they made!
Honour the Light Brigade,
Noble six hundred!

 

 

 

 

 

 

 

               A Carga da Brigada Ligeira

 

 

Meia légua, meia légua,

meia légua em frente,

todos no Vale da Morte

cavalgaram com os seis centos.

“Para a frente a Brigada Ligeira!

Carreguem contra as armas!”, disse ele.

Para o Vale da Morte

cavalgaram os seis centos.

 

Para a frente a Brigada Ligeira!

Havia algum homem desanimado?

Todavia, o soldado não sabia

De algum que tivesse disparatado.

Eles não têm de responder,

eles não têm de se perguntar,

eles só têm de fazer e de morrer.

Para o Vale da Morte

cavalgaram os seis centos.

 

Canhão à direita deles,

canhão à esquerda deles,

canhão à frente deles

saraivaram e trovejaram;

atingidos por balas e obuses,

com audácia eles cavalgaram e bem,

para as mandíbulas da Morte,

para a boca do inferno

cavalgaram os seis centos.

 

Reluziram todos os seus sabres despidos,

reluziram ao rodopiarem no ar

sabrando os artilheiros lá

carregando contra um exército, enquanto

todo o Mundo se maravilhava.

Mergulhados no fumo das baterias

através da linha deles romperam a direito;

cossacos e russos

cambaleantes das sabradas

estilhaçaram-se e fenderam-se.

Então eles cavalgaram para trás, mas não,

não os seis centos.

 

Canhão à direita deles,

canhão à esquerda deles,

canhão à frente deles

saraivaram e trovejaram;

atingidos por balas e obuses,

enquanto cavalos e heróis caíam,

eles que haviam lutado tão bem

vieram através da mandíbulas da Morte,

de volta da boca do inferno,

tudo o que restava deles,

o que restava dos seis centos.

 

Quando irá a sua glória desvanecer-se?

Oh, a carga bravia que eles fizeram!

Todo o Mundo se maravilhou.

Honrem a carga que eles fizeram!

Honrem a Brigada Ligeira,

Nobres seis centos.

 

 

 

 

 

 

 

Flower in the crannied wall
1869

 

Flower in the crannied wall,
I pluck you out of the crannies,
I hold you here, root and all, in my hand,
Little flower - but if I could understand
What you are, root and all, and all in all,
I should know what God and man is.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

               Flor na muralha fendida

 

Flor na muralha fendida,

eu colho-te das fendas,

seguro-te aqui, raiz e tudo, na minha mão,

pequena flor… mas se eu pudesse compreender

o que tu és, raiz e tudo, e tudo em tudo,

eu deveria saber o que Deus e o homem é.

 

 

 

De Poemas de Alfred Tennyson, Selecção, tradução, notação, introdução e organização de Octávio Santos, Editora Saída de Emergência, Lisboa, Dezembro de 2009. ISBN: 9789898032713

 

 

LINKS:

 

Wikipedia

 

Maria Laura Bettencourt Pires: A ambiguidade de Alfred Tennyson

 

Krijasto

 

Alfred Lord Tennyson's Poetry

 

Poetry Archive

 

Poems and poets

 

Black Cat Poems

 

Poetseers

 

Gutenberg

 

Poetry Index

 

 

 

                               

Ípsilon, Público, 6 de Março de 2010

 

Um sombrio cultor da beleza

 

Fora dos círculos universitários, Tennyson é hoje pouco conhecido entre nós. Não foi sempre assim, a sua curiosidade oitocentista levou-o a vários pontos da Europa, e a visitar Sintra e Lisboa no Verão de 1859 - e ao que parece cheio de moscas e mosquitos.

Maria Conceição Caleiro

 

Alfred Tennyson

Poemas

(Selecção, tradução, notação e introdução: Octávio dos Santos)

Saída de Emergência

 

Alfred Tennyson (1809-1892), poeta da língua inglesa, poeta laureado da época vitoriana, outrora o mais popular e disputado, surge agora traduzido, e bem, pela primeira vez em língua portuguesa. Tradução que em prefácio declara os seus princípios: “o mais literal possível (...) nunca seria capaz de deturpar (...) apenas para ‘soar’ bem”. Mesmo assim soa, e a poeticidade é-lhe restituída. Fora dos círculos universitários, Tennyson é hoje pouco conhecido entre nós. Não foi sempre assim, a sua curiosidade oitocentista levou-o a vários pontos da Europa, e a ter visitado, no rastro de Byron - seu ídolo -, Sintra e Lisboa no Vero quente de 1859, e ao que parece cheio de moscas e mosquitos. Pormenor de uma carta à mulher: “I continue pretty well and I have not been bitten”. Em Lisboa, hospeda-se no Bragança, e não passa despercebido. “Tout Lisbonne” o vem saudar:. “yesterday seizing my hand and crying out ‘Who does not know England’s Poet Laureate? I am the Duke of Saldanha” (“Letters from Portugal”).

Tennyson era o quarto filho de uma família de doze de um pai depressivo, pastor que nunca o quis ser. Daí, juntamente com dificuldades financeiras acrescidas aquando da morte daquele, teria talvez recebido um modo de ser melancólico e irritável, assim como uma excelente educação literária, técnica de versificação e vocabulário poético. Educação literária firmada com a frequência no Trinity College de Cambridge que abandonaria por dificuldades económicas. Aí conheceu A.H. Hailan, um imenso amigo que morreu precocemente (1833) e cuja perda lhe acentuaria a melancolia, o desalento e iria inspirar anos a fio “In memoriam” (1850), reunião de pensamentos e poemas elegíacos, glosas da experiência da morte: talvez a mais bela das suas obras.

De 1830 a 1850 foram os anos sombrios, paralisantes, as provações mergulharam-no no silêncio, na solidão, na Natureza marítima e enevoada que o abarca e cuja atmosfera ele devolve em plasticidade, cor e minúcia qual pré-rafaelita quase precursor do simbolismo.

1850 foi o seu “annus mirabilis”. Pôde finalmente casar-se com Emily Sellwood. O sucesso de “In memoriam” faz dele, a convite do príncipe Alberto, “porta-voz da nação britânica” (mais tarde seria feito Lord), cargo que honraria até à morte em detrimento do “afirmativismo viril” dos poemas anteriores “para não chocar a mediocridade convicta de uma rainha Victória que o admirava tanto” (Jorge de Sena, “A literatura Inglesa”). A seguir à sua morte foi de bom tom desmantelar-lhe a importância e acentuar a superficialidade do pensamento. Todavia, para além ou a par da ortodoxia vitoriana, do nacionalismo e garbo imperial, nos interstícios do revivalismo medievo e dos melodramas arturianos, tão ao gosto do século XIX, ele voltaria a ser consagrado como o grande poeta que sempre terá sido, o precursor dos maiores por vir: Yeats, Joyce, Eliot. Nenhuma honraria lhe resgatou aliás a sombra, o isolamento que cultivava em Freshwater, a sua morada na ilha de Wight, o seu lirismo suicida, “a vontade dividida”, inquietação espiritual que se vivia desde sempre nele, e numa época que oscilava entre Deus e Darwin (de quem era amigo), e sustentava a dúvida. Tennyson: emblema austero do homem contemporâneo.

Se uma palavra fosse pedida para definir a sua poesia, ela seria “musicalidade”. Manipulação exímia do verso, exploração plena da prosódia: literatura enquanto tal, ritmo da letra inebriante, arrebatador, a toada acelera-nos, possui-nos, a matéria sensível do mundo à tona, trazida pelas imagens e mestria de recursos retóricos. Estes servem um “pathos” que vai ganhando forma, às vezes interrompido por uma espécie de micropoema, atmosfera que vinga a meio da sequência narrativa partindo de um puro traço de paisagem esmiuçado.

Recorrentemente, uma visão ou um sonho que regressa conduzem esse “pathos” que sobrevoa o passado. Poder-se-ia até dizer que aí, nesse intervalo, está a alma do sujeito lírico.

Alguns exemplos do que vem sendo dito, um poema curto de 1851, a força do curto verso final, o clímax para que o poeta repentinamente conduz, por vezes a várias vozes, aqui abreviada a sua modernidade, “A Águia”: “Ela aperta o penhasco com mãos retorcidas;/perto do sol em terras solitárias,/anelado com o mundo azul celeste, levanta-se. O mar enrugado debaixo dela rasteja;/ Olha do alto das suas muralhas da montanha, / e como um relâmpago cai.”

Peguemos em “As duas Vozes”(1834): um sujeito dividido dialoga com o outro dentro de si - a obsessão de morte sempre subliminar e o renovo na Natureza: as duas vozes antitéticas, presentes em toda esta poesia, uma subsumindo a outra alternadamente, elas não se (re)unem, - nenhuma se deixa abafar e é dessa instabilidade que advém a necessidade poética - “Tal parecia ser o sussurro ao meu lado./’O que é que tu sabes doce, voz?’, gritei./Uma esperança escondida’, a voz explicou...(...) E pelos campos fora eu fui e o movimento vivente da Natureza concedeu/ o pulsar da esperança ao descontente. (...)E tudo tão variadamente trabalhado/ que eu admirei-me de como a mente foi levada/ a ancorar-se a um pensamento desalentado.// Pelo que eu preferi fazer a escolha/ de comungar com aquela voz árida/ em vez de com a que disse ‘Rejubila! ‘Rejubila!”

Tennyson anima a Natureza de um modo que surrealiza o real, sentimos com os olhos de um paisagista (ao acaso, um exemplo: “à noite, a minha chalupa, farfalhando através/ da baixa e florida folhagem, conduziu-me/ pelas flagrantes, cintilantes profundezas, e talhou/ as sombras de citrinos no azul”).

Único senão: não se ter optado por uma edição bilingue.

 

 

January 27, 2010

Tennyson now

Did the Poet Laureate's success in his official role crush the delicate Late Romantic sensibility of his early work?

Nicholas Shrimpton

 

Robert Douglas-Fairhurst and Seamus Perry, editors 
TENNYSON AMONG THE POETS 
Bicentenary essays 
436pp. Oxford University Press. £50 (US $99).
978 0 19 955713 4

 

If the proprietor of a lunatic asylum invites you to invest your entire worldly wealth in a speculative business set up to revolutionize the decorative woodcarving industry, what do you say? Probably not “Yes”, unless you happen to be Alfred Tennyson, who comprehensively ruined himself by embracing this proposal from his acquaintance Matthew Allen in 1840. The project had failed by the autumn of 1842, and Tennyson, in his early thirties, was on track to be a glamorous outsider: impoverished, marginal and dissident.

The fates conspired to save him from that uncomfortable but fashionable version of the poet’s role. Allen died young and, as a consequence, Tennyson got some money back from a life assurance policy. He was also willing to listen when a better doctor, James Gully, told him that his ailments were not a form of congenital insanity but gout brought on by too much smoking and drinking. In 1845, Sir Robert Peel’s government awarded him a Civil List pension of £200 a year. In November 1850, he was, rather unexpectedly, made Poet Laureate at the early age of forty-one.

Not quite overnight, but with a rapidity that nonetheless surprised many of his friends, Tennyson was transformed from poète maudit to pillar of the Establishment. His reputation has been in trouble ever since, not least because he performed the Laureate’s duties so exceptionally well. A mainstream Whig in an era of predominantly Whig administrations, a latitudinarian Anglican who had intelligently registered the more tentative grounds on which the faith could henceforth be held, and a thoughtful imperialist in the Age of Empire, he was ideally placed to speak for England. More importantly even than this, he had forged an appropriate poetic manner for the business of the public sphere: Wordsworthian in its use of the language of ordinary men yet Virgilian in its elevation and dignity.

There can be no quarrel about Tennyson’s success as Laureate. But what judgement could be made on his other poetry? Had he perhaps dwindled, rather than risen, into his public role? Was it not inevitable that an official function so amply fulfilled would crush the delicate Late Romantic sensibility which had made his early work exciting? Did he have anything to say that was not decorously conventional? As for his style, “Parnassian” was Hopkins’s regretful verdict in 1864, meaning that he had come to operate on a kind of elegant autopilot. At a time when artists were increasingly expected to be rebels, Tennyson did not fit the bill.

For the 200th anniversary of Tennyson’s birth last year, Robert Douglas-Fairhurst and Seamus Perry have produced a timely reconsideration of his achievement by assembling essays from twenty-three leading authorities on Victorian poetry (though Christopher Ricks’s witty contribution is a very brief “Prefatory Note”). The theme is taken from Keats’s famous aspiration to “be among the English Poets after my death”. Where does Tennyson, in a modern estimation, stand among his poetic rather than parliamentary peers? What insights does a comparative inquiry, looking both back and forwards, yield?

A useful place to start is Samantha Matthews’s essay “After Tennyson: The presence of the poet, 1892–1918”, indispensable for its careful mapping of the process by which this once-great reputation declined. Essays by Angela Leighton, Helen Small, John Morton, John Fuller and Seamus Perry extend this account into the responses made to Tennyson by Virginia Woolf, Thomas Hardy, T. S. Eliot, W. H. Auden and John Betjeman. On the surface at least, those writers tended to be hostile or mocking, sometimes violently so: Hardy’s poem “An Ancient to Ancients” (“The bower we shrined to Tennyson, Gentlemen, / Is roof-wrecked”) and Auden’s claim that Tennyson “had the finest ear, perhaps, of any English poet; he was also undoubtedly the stupidest” are perhaps the most conspicuous monuments to this phase of rejection. At a deeper level, as these essays show, Tennyson held his place in the imaginative and technical procedures of twentieth-century writers. Helen Small transcribes Hardy’s marginal annotations to his copy of In Memoriam, and suggests that in Poems of 1912–1913 he admits as well as resists the influence of Tennysonian elegy. Fuller argues that Auden needed Tennyson as a counter-balance to the influence of Yeats, and perceptively points out that he “learned . . . something about the piled-up sentence and the hyphenated or condensed epithet” from his supposedly stupid predecessor. Perry engagingly describes Betjeman’s role in the rediscovery of Tennyson, with its passage from affectionate parody (“camp” might have been a useful word here) to jovial admiration.

These accounts of Tennyson’s influence on later writers are sure-footed and convincing. Repositioning him among the poets who are his own predecessors or contemporaries is a trickier business, and not always carried out with complete success. Aidan Day and Matthew Bevis make brave but ultimately doomed attempts to suggest that he was grotesque (like Browning) and comic (like Carroll). Other writers risk inclusion in Tennyson’s dismissive category of “lice in the locks of literature” by continuing the source-hunting of Churton Collins. This process is, without exception, subtly and ingeniously handled, and is never intended to damn the poet as a mere imitator. But it has a tendency to produce essays which have more interesting things to say about the predecessors from whom Tennyson was borrowing, or the contemporaries with whom he was competing, than about Tennyson himself. Daniel Karlin’s valuable essay “Tennyson, Browning, Virgil” ingeniously combines the two inquiries. Though it has some fresh and interesting things to say about Tennyson’s relationship to the poet he salutes (in the words of Dante’s Sordello) as “Mantovano”, it is the vivid account of Browning’s uncharacteristic venture into Virgilian territory, “Pan and Luna”, that is most striking.

This volume brings the comparative study of Tennyson and other (chiefly English) poets up to date, for the most part in scholarly rather than evaluative ways. Tennyson has been well served: these are substantial and perceptive essays. But his status in the English Pantheon remains, as perhaps it must, undecided for the present.


Nicholas Shrimpton teaches English at Lady Margaret Hall, Oxford. He published The Whole Music of Passion: New essays on Swinburne in 1993, and is editing the poems of Matthew Arnold.