Samuel Barber compôs músicas românticas, harmoniosas, populares, numa época em que todos procuravam escrever com dissonâncias. Nasceu em West Chester – Pensilvânia. Escreveu a sua primeira composição aos 7 anos e experimentou mesmo escrever uma ópera aos 10. Aos 14 anos, entrou no Instituto Curtis, onde conheceu Gian Carlo Menotti, com quem manteve uma amizade e relação profissional para toda a vida. Menotti forneceu-lhe o libretto para as óperas Vanessa e  A Hand of Bridge. Escreveu ainda a ópera Anthony and Cleopatra, encomendada para a abertura da nova Metropolitan Opera House no Lincoln Center em 1966.

Barber recebeu inúmeros prémios. Incluindo o American Prix de Rome, dois Pulitzers, e foi eleito para a Academia Americana de Artes e Letras. O seu Adágio para Cordas, de um lirismo intenso, é a sua obra mais conhecida, extremamente difundido em discos, concertos e filmes (Platoon, O Homem elefante, El Norte, Lorenzo’s Oil).

ADÁGIO PARA QUARTETO DE CORDAS, Op. 11 (1936)

O Quarteto foi escrito na Europa pelo jovem compositor e foi executado pela primeira vez em Roma pelo Quarteto de Cordas Pro Arte. Embora o Quarteto seja composto por dois movimentos com uma pequena coda, é a transcrição para orquestra de cordas do segundo movimento do Quarteto (molto adagio) que constitui a obra mais conhecida e popular de Barber: o famoso Adágio para Cordas (1938). Foi Arturo Toscanini, então dirigente da Orquestra da NBC quem lhe encomendou a orquestração. Quarenta anos mais tarde, este adagio impressionante e barroco foi usado com grande efeito pelo escritor/realizador Oliver Stone no seu filme baseado na terrivel experiência americana do Vietnam: Platoon (1986).

O Adágio para Cordas de Barber demonstra amplamente dois princípios: há algumas ideias grandiosas que na base são muito simples e nem tudo o que é popular não presta.

Para além da sua utilização em filmes, o Adágio é na América uma Marcha Fúnebre não oficial, tendo sido tocado nas mortes dos Presidentes Roosevelt e Kennedy.